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EXPOSIÇÃO ENCANTARIAS

A exposição Encantarias apresenta cinco folguedos populares brasileiros através de suas visualidades como: figurinos, instrumentos, bonecos, máscaras, objetos e plantas simbólicas, e alimentos típicos.

Uma instalação interativa e sensorial, com uma proposta única de educativo, transformando a visita guiada em mediações cênicas com intervenções musicais ao vivo. O público é recebido por Mateus e Catirina (personagens do imaginário brasileiro) que, acompanhados de uma banda, guiam o público com poesia, música, cheiros e sabores. 

Encantarias (2024):

Encantarias na Casa do Cantador (2024):

Encantarias + Encanto (2023):

MEDIAÇÃO CÊNICA

Mediação Cênica é uma visita guiada, unindo propósitos educativos à performance artística, a fim de enriquecer a experiência do público e apresentar o espaço expositivo. No Encantarias o público é recebido pelos personagens populares Mateus e Catirina, acompanhados de banda ao vivo e degustação de alimentos típicos.

MATEUS E CATIRINA

Inspirado em duas figuras ou personagens do imaginário popular - Mateus e Catirina -, presentes em diversos folguedos populares, representando trabalhadores negros escravizados/alforriados, que marcam a palhaçaria brasileira como um casal que ironicamente retrata a realidade do seu contexto.

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FOLGUEDOS DO ENCANTARIAS

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A FOLIA DO DIVINO

As Folias do Divino sempre são puxadas por um chefe de folia acompanhado de um/a procurador que junta esmolas num embornal e 2 bandeirinhas. A bandeira, traz a cor vermelha e o pombo ao centro. O vermelho da bandeira remete ao fogo, forma pela qual o Espírito Santo se manifestou. As divisas, como amuletos, broches do homenageado/a nas folia, só podem ser usadas por membros com envolvimento maduro e respeitado pelo grupo.

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As Folias são festas populares brasileiras de caráter religioso. Cada Folia tem o seu propósito, alterando assim os elementos e datas de uma para outra. As datas mais conhecidas são a Folia de Reis, dia 6 de janeiro, e a Folia do Divino, no mês de maio. 

 

Na Folia do Divino, pessoas devotas saem pelas suas cidades e comunidades, visitando as casas de quem oferece pouso, com mesas fartas em alimentos. Os foliões tocam entoando cânticos em homenagem ao Divino Espírito Santo, convocando suas bênçãos. Este folguedo tem origem na tradição europeia, entretanto, misturada com elementos de tradições africanas e indígenas. Esses vestígios de origem se dão por exemplo pelo toque do tambor “caixa do divino”. Estão presentes também, os seguintes instrumentos: sanfona, zabumba, viola e violão. 

 

CAVALO MARINHO

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O Cavalo Marinho é uma brincadeira popular complexa, envolvendo teatro, dança, música, poesia e artesanato. Ele é encontrado na Zona da Mata norte de Pernambuco e no sul da Paraíba, sendo considerado uma variação do bumba-meu-boi ou do reisado. Ele ocorre nas festividades natalinas e no dia de reis, ou seja, entre 25 de dezembro e 6 de janeiro, e cada brincadeira pode durar uma noite inteira até o amanhecer do outro dia, desde "a boca da noite à barra do dia", como falam os brincadores. 

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Segundo seus folgazões, o Cavalo Marinho teve origem nas senzalas dos engenhos de cana, portanto é na região rural e canavieira, com referências do trabalho rural, que se estabelece a atmosfera onde as dramaturgias do Cavalo Marinho se constroem. A narrativa principal é sobre uma festa que o Capitão vai dar em homenagem ao Divino Santo Rei do Oriente, ele então contrata três negros, Mateus, Bastião e a Catirina, para tomarem conta da festa. Em seguida, chega no terreiro a figura do Soldado, a fim de reprimi-los. Assim começa a parte "teatral" da brincadeira, que se desenrola recebendo variadas figuras (personagens) com máscaras. 

Um dos ápices é a dança dos Arcos ou Aicos, momento de louvação ao Divino Santo Rei do Oriente. Contando com os bichos, há cerca de 70 (setenta) figuras no folguedo, finalizando sempre com a aparição do boi.

Antes de começar essa parte mais "cênica" há ainda um momento dançado, onde o banco (grupo de músicos) começa a esquentar, puxando o Alevante (aqui os brincadores chegam para bater o trupé ou passos) e o Mergulhão ou Magui (dança feita em meio círculo). Neste momento, público e brincadores se confundem, pois todos podem participar. O Cavalo Marinho faz uma narrativa das histórias vividas por seus brincadores, de forma representada e ressignificada. Existem 2 tipos de bancos (grupo de músicos) de Cavalo Marinho, sendo o banco mais comum composto por rabeca, baje, ganzá e pandeiro, onde o tocador de pandeiro faz um toque frenético e implausível, chamado de baião. O outro tipo inclui o bumbo entre os seus instrumentos.

MARACATU RURAL

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O Maracatu Rural ou Maracatu de Baque Solto é uma manifestação cultural do meio popular rural e canavieiro, encontrado em Pernambuco, que envolve questões históricas e sociais, fruto de ressignificações culturais. Atualmente, acontece no período do carnaval, fazendo parte de desfiles e competições. Esse folguedo está envolto em mistérios, feitiçarias e catimbós, onde tudo carrega algum simbolismo. 

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O Maracatu Rural se organiza em cordões ou filas compostas por Caboclos de Lança e Baianas. Entre os cordões ficam a Corte, o Estandarte, a Dama do Passo ou Dama da Boneca, as Damas do Buquê, os Índios e as Índias e os Caboclos Arreiamá. Existem ainda três personagens que seguem na frente da brincadeira, guiando o cortejo, são eles a Catita, o Mateus e a Burra. O grupo de músicos é chamado de terno, composto por instrumentos de percussão (bumbinho, porca ou poica, ganzá, gonguê e caixa de esteira) e de sopro. 

 

 

 

O caboclo de lança é um dos principais personagens do Maracatu, guardião do brinquedo. Apresenta diversos rituais de preparação prévia à brincadeira e guarda parte de seu segredo no cravo branco na boca, para proteger contra coisas ruins. Outra figura importante é o Caboclo Arreiamá, com suas penas de pavão na cabeça, é um personagem simbolicamente sagrado na brincadeira. 

 

O Estandarte e a Calunga também apresentam a sua relevância, pois um simboliza, apresenta e nomeia o grupo, já a outra protege o brinquedo, e ocupa o centro da religiosidade e de alguns mistérios do folguedo.

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BUMBA-MEU-BOI

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O Bumba-Meu-Boi é uma importante manifestação cultural do Maranhão. Todo o seu enredo e festejos acontecem ao redor do personagem do Boi. No decorrer do ano ocorrem tradicionalmente os rituais de batizado, a  morte e renascimento do Boi, sendo essas comemorações entre os meses de fevereiro ou março indo até setembro ou outubro, sendo mais tradicional no mês de junho. 

 

Como esse folguedo popular se desenvolve principalmente no período junino, apresenta ligação religiosa com os santos juninos ao homenagear especialmente Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal, sendo também oferecido a entidades sobrenaturais como encantados, caboclos ou voduns e outras.

O Boi do Maranhão possui diferentes sotaques que variam as indumentárias e os instrumentos de acordo com a região de origem. Os tipos de sotaques do Boi são, o Boi de Matraca, o Boi da Baixada ou Pindaré, o Boi de Zabumba, o Boi de Orquestra e o Boi Costa de Mão. 

 

A mitologia do Boi envolve a relação entre o casal Pai Francisco ou "Nego Xico" e Mãe Catirina, ambos negros. Na história Mãe Catirina, grávida, sente desejo de comer língua de boi, e para satisfazer tal desejo Pai Francisco corta a língua do Boi. Aparecem o padre, o doutor e o pajé para tentar ressuscitar o Boi, outros personagens que também chegam na brincadeira são a burrinha, caboclos de fita, de pena, rajados, além dos músicos, variando conforme o sotaque.

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MAMULENGO

Mamulengo é o nome de uma brincadeira tradicional brasileira de teatro de bonecos, em Pernambuco. É também o nome do boneco utilizado na brincadeira, um tipo de fantoche tradicionalmente feito com madeira de mulungu, mas também encontra-se em outros materiais. 

Acredita-se que seu nome surgiu de “mão molenga”. 

Mamulengo é um folguedo típico dos interiores do nordeste brasileiro, e que de lá, se espalhou para grandes centros e outras regiões do país. Esse teatro de bonecos em Pernambuco é Mamulengo, mas recebe outras denominações pelo Brasil, a partir de suas diferenças, como Babau, na Paraíba, João Redondo e Calunga, no Rio Grande do Norte, e Cassimiro Coco, no Ceará, Piauí e Maranhão.

 

A brincadeira começa com os bonequeiros esculpindo o mulungu e é passada para os mamulengueiros, que ficam atrás da “tolda”, uma barraca que deixa visível ao público somente os bonecos. Enquanto isso, a banda toca durante a brincadeira, os instrumentos geralmente são: sanfona, rabeca, zabumba, triângulo e ganzá. 

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O teatro conta histórias do cotidiano, apresentando também críticas sociais ligadas às desigualdades de raça, classe e gênero. Alguns bonecos são: Goiaba, Benedito, Catirina, Caroca, Chibana, Quitéria, Simão, Praxade, Ritinha, Rosinha, a Morte, o  Diabo, o Prefeito e o Padre.

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 design Daisy Barros

desenvolvimento Luna Colazante | @vultoss

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